Depoimentos
Maria Cristina Simões
Atibaia-SP
Meu nome é Maria Cristina Simões, tenho 39 anos, moro em Atibaia-SP.
Minha filha nasceu no dia 24/08/00, até então eu nunca tinha ficado
doente, após 3 meses do parto que correu tudo bem, foi parto normal,
comecei a sentir fortes dores no abdômen, geralmente a noite, e
todas as vezes ia para o hospital, fazia o raio-x e não achava nada,
era medicada e retornava para casa, a suspeita era de depressão
pós-parto, porque não conseguia achar um diagnóstico.
Nessas idas e vindas, os médicos resolveram realizar uma
laparoscopia, e não acharam nada. Após a cirurgia comecei a perder
peso (10 kilos em 30 dias), fui enfraquecendo, já não comia mais,
não andava, até que os médicos me desenganaram para minha mãe, não
tinha mais o que fazer.
Minha mãe sofreu comigo, emagreceu 14 kilos nesse período, mas nunca
desanimou um dia se quer, optou em ficar comigo no hospital dia e
noite, minha filha ficava cada semana na casa de um (tios, amigos
etc.).
Nada nesta vida é por acaso, como eu fiquei em uma santa casa a
rotatividade de médicos de diversas especialidades é normal,
apareceu meu anjo, o Dr. Flávio Escareli, minha mãe uma pessoa
simples mais muito sábia, perguntou justo para este médico o porque
da minha urina muito vermelha/escura, o Dr.Flávio já pediu para
colher o material e fazer o exame de Porfiria, como falei que nada é
por acaso, este médico cuidou na santa casa mesmo de dois casos de
porfiria em épocas diferentes, eram irmãs, e infelizmente elas
morreram, e o mais interessante que essas moças são minha primas de
terceiro grau e eu não as conhecia.
Uma pena que para salvar vidas, tem que perder vidas, por isso a
importância da divulgação do site da Abrapo.
Confirmado o diagnóstico, Porfiria Aguda Intermitente (PAI), o Dr.
Flávio pesquisou os medicamentos seguros e começou o tratamento, sem
ser com hematina, fui reagindo aos poucos.
Após 35 dias (uma semana antes do natal), saí do hospital, com uma
fraqueza muscular absurda, andava com muita dificuldade, não tinha
força para segurar minha filha, em todos os momentos lúcidos eu
pedia a Deus para que eu tivesse uma segunda chance, porque eu tinha
muita coisa a fazer, principalmente cuidar da minha filha, que foi e
continua sendo o maior motivo para eu nunca desista.
Demorei um ano para me recuperar e conseguir voltar a trabalhar,
desfiz de um imóvel para me manter neste período, voltei a morar com
meus pais, porque eu precisava de cuidados e minha filha também.
Hoje levo uma vida normal, só tomo cuidado com medicamentos, por um
milagre não fiquei com nenhuma seqüela, talvez seja pela sorte de
ter descoberto o diagnóstico rápido, e não tive mais nenhuma crise,
acredito que o que desencadeou a crise na época foi o estresse que
passei neste período.
Todos esses anos me sentia desamparada, sem informações, sempre
pesquisei na internet, mas nada de informações concretas, não tinha
conhecimento da hematina, até que no início de em 2008, achei o site
da Abrapo e tive acesso as informações corretas e agora posso me
orientar.
Maria Cristina Simões
Atibaia - SP
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Maria
Cristina: "Nada nesta vida é por acaso. Como eu fiquei em uma
santa casa a rotatividade de médicos de diversas especialidades é
normal, apareceu meu anjo, o Dr. Flávio Escareli, minha mãe uma
pessoa simples mais muito sábia, perguntou justo para este médico o
porque da minha urina muito vermelha/escura, o Dr. Flávio já pediu
para colher o material e fazer o exame de Porfiria. Como falei, nada
é por acaso, este médico cuidou na santa casa mesmo de dois casos de
porfiria em épocas diferentes, eram irmãs, e infelizmente elas
morreram, e o mais interessante que essas moças são minha primas de
terceiro grau e eu não as conhecia".
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